Associação Brasileira de Médicas e Médicos pela Democracia - ABMMD
Carta de Fortaleza
A Associação Brasileira de Médicas e Médicos pela Democracia, fundada em 26 de outubro de 2019, em Assembleia realizada na cidade de Fortaleza-Ce, se propõe a construir pontes de fortalecimento da unidade de princípios de nossa categoria médica, em defesa da democracia, da ética, da vida e da proteção do exercício da medicina em condições dignas de trabalho, de remuneração justa e segurança do vínculo empregatício.
Desenvolverá suas atividades baseada em quatro pontos de ação:
▪defesa do Estado Democrático de Direito, das garantias individuais e coletivas, dos direitos sociais e dos direitos políticos;
▪defesa dos Direitos Humanos, que explicitam a dignidade inerente a todos os membros da família humana, os quais têm direitos iguais e inalienáveis como fundamento da liberdade, da justiça e da paz;
▪defesa do Sistema Único de Saúde como conquista da sociedade brasileira, que inseriu na sua Carta Magna o preceito de que "saúde é um direito de todos e um dever de Estado" e que se constitui numa forte ferramenta de combate à desigualdade social;
▪defesa do exercício ético do trabalho médico, baseado nas melhores evidencias científicas disponíveis, no cuidado humano generoso e na observância dos princípios de autonomia, benignidade, não malignidade, confidencialidade e justiça.
Ao nos comprometermos a praticar o exercicio ético da medicina e a prática da cidadania, inspirados nesta plataforma de ação e princípios, esperamos contribuir para a construção de uma sociedade livre, democrática, justa e solidária.
Fortaleza, 26 de outubro de 2019
Associação Brasileira de Médicas e Médicos pela Democracia - ABMMD
Evaldo
Depoimento do prof Heleno Correa em memória da dra Regina Parisi, falecida em 16/06/2020:
Devo muito à Dra. Regina Parizi, que junto com o Dr. Gabriel Oselka me possibilitaram estar vivo hoje ao me acompanhar pessoalmente ao depoimento no DOPS em 1976 por causa da minha participação como Vice-Presidente da Seção SP da ANMR no Comitê de Coordenação da Greve contra o arrocho salarial do Maluf. O intimante era o Romeu Tuma e o destino era o calabouço. Os dois foram juntos comigo e só faltaram segurar na mão. Estiveram presentes em nome do CREMESP durante todo o depoimento e ao final, não tendo sido "decretada" minha prisão, me acompanharam até a rua de minha casa para ter certeza de que eu não teria "desaparecido" no caminho. A essas duas almas generosas devo provavelmente a vida, por ter sido na semana em que mataram Wladmir Herzog. A Energia, a sinceridade e o engajamento na vida foi marcante da parte de Regina e Gabriel, que sempre me trataram com um respeito que eu devoto a eles. A partida de Regina leva de mim uma parte dessa gratidão. Heleno
17 Jul, 2020
Evaldo
[18:08, 11/07/2020] Maria Maeno: Sim!!! Tyka, 1975. Da FMUSP quem foi preso foi Bira e Davi Rumel naquele ano. O David Capistrano também foi preso em 1975, já era médico formado. Bira e Davi Rumel eram estudantes do quarto ano.
[18:58, 11/07/2020] : Sofremos pra cacete! Fomos à casa de todo mundo que a gente conhecia, políticos, advogados, etc... para ver se alguém conseguia notícias deles... tudo em vão... a impressão que ficou era a de que os soltaram quando quiseram! E o pai do Davi era diretor de uma faculdade na USP: @Maria Maeno - da odontologia, né?
17 Jul, 2020
Evaldo
José Antonio: Gelson Reisher, Antonio Carlis Nogueira Cabral, mortos em 1972, Cabral no Rio, Gelson na Republica do Libano. Cabral após intensa tortura
17 Jul, 2020