SAÚDE DO HOMEM NA “REDE DE PROMOÇÃO DA SAÚDE”

Kuniyoshi, ES; Horta-Vilar MC; Gadargi, MA

Introdução e justificativa. A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH) prioriza a atenção básica “...com foco na Estratégia de Saúde da Família (ESF) como porta de entrada do sistema de saúde integral e hierarquizado” 1 . A implantação da PNAISH na cidade de São Paulo procura responder a esta política nacional estimulando projetos locais específicos da ESF para a saúde do homem. Neste contexto, a Coordenadoria Regional de Saúde da Região Centro-Oeste (CRS-CO) colocou a utilização das tecnologias de comunicação em rede entre as equipes, os serviços e a gestão como o grande desafio desta nova proposta.  As tecnologias de comunicação em rede são de reconhecido valor como elemento de integração, colaboração e organização de projetos2,3 .


Objetivos. Apresentar projetos locais da saúde do homem e a experiência de uma rede social como instrumento de comunicação e interação entre os profissionais de saúde da atenção básica, dos gerentes e dos gestores envolvidos para o desenvolvimento da PNAISH na CRS-CO.


Metodologia. Unidades de saúde que possuem equipes de saúde da família na CRS-CO foram convidadas a expor os projetos locais da saúde do homem no site de rede social “Rede de Promoção da Saúde”. Este site foi elaborado na CRS-CO com o software da plataforma NING em julho de 2010 como instrumento de comunicação em rede para as ações de promoção da saúde.


Produtos. Aceitaram o convite para a exposição dos projetos no site de rede social 14 unidades básicas, das 22 unidades com ESF da CRS-CO.  As propostas colocadas nos blogs do site preveem a ação combinada de várias categorias profissionais de nível médio a superior, além de estagiários de enfermagem, gerentes e gestores. A maioria dos projetos enfocou a educação em saúde, o diagnóstico precoce e a prevenção da AIDS e dos fatores de risco cardiovascular. Promover a auto-estima, a aderência e o acesso aos serviços de saúde para o homem foram os resultados esperados mais freqüentes. O grupo “Saúde do Homem” do site de rede social foi o veículo principal de comunicação entre a gestão e as unidades com ESF. Os blogs dos participantes foram o meio de divulgação dos projetos, da construção interativa das propostas locais e do conhecimento de equipes especiais da ESF para a “população em situação de rua”. O site de rede social permitiu a aproximação dos diversos profissionais das equipes com ESF, dos gestores e da aproximação dos diversos parceiros (Fundação Faculdade de Medicina – USP, Santa Casa, Bom Parto, Associação Saúde da Família e Instituto de Responsabilidade Social Sírio Libanês) que gerenciam a ESF na CRS-CO.


Aprendizado com a vivência. Embora a “Rede de Promoção da Saúde” esteja on-line há 18 meses e tenha permitido uma rica interação entre as diversas propostas, as dificuldades que impediram uma maior participação e maior interação de todos os profissionais da ESF foram o pouco conhecimento das ferramentas de interação e a falta de hábito em organizar um trabalho em rede interativa. Valorizar a criatividade das diversas unidades com a visibilidade na rede das propostas locais para a Saúde do Homem esbarrou na dificuldade dos participantes em se apropriar das ferramentas de interação disponibilizadas no site. Apesar do site ter uma linguagem muito semelhante aos sites abertos de rede social, muito populares atualmente, como Blogs, FaceBook, Orkut e Twitter, observamos ainda uma dificuldade muito grande dos profissionais em incorporarem estes instrumentos comunicacionais numa rede social corporativa como a “Rede de Promoção da Saúde”.


Considerações finais. As redes sociais pela internet são instrumentos não apenas de registros de dados e fluxos normativos, mas também de integração dinâmica e criativa entre setores variados, amplos e complexos como o SUS. Pretendemos prosseguir com a valorização das propostas locais da Saúde do Homem na CRS-CO. O desafio que se apresenta para 2012 será permitir a apropriação das equipes em oficinas de comunicação desta nova linguagem de rede do software NING. Acreditamos que o conhecimento dos instrumentos de comuniação interativa dará a merecida visibilidade da criatividade dos diversos profissionais da atenção básica, dos seus gerentes, gestores e parceiros da CRS-CO para a Saúde do Homem.

Referências Bibliográficas.

1-      Ministério da Saúde disponível em: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/saude/arq... (acesso em 03/01/2011).

2-       Eysenbach G. Medicine 2.0: Social Networking, Collaboration, Participation, Apomediation, and Openness. J Med Internet Res. 2008; 10(3): e22.

3-       Gibbons MC.  A Historical Overview of  Health Disparities and the Potential of

eHealth Solutions. J Med Internet Res 2005;7(5):e50.

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