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Comentário de Evaldo em 31 maio 2021 às 13:00

Eu sei, é por isso que as plataformas precisam ser ocupadas rapidamente. Estes médicos da elite que são formados por que as famílias possuem o Capital Econômico para pagarem as mensalidades encontram o caminho de serem os CEO para explorarem o Capital Humano desta nova geração. Aí, nada vai mudar. (Evaldo - whatsapp 28/05/21)

Comentário de Evaldo em 31 maio 2021 às 12:59

Só uma observação Evaldo. Esta característica do perfil de aluno da Medicina era dos novos alunos da UNICAMP e talvez das escolas das Universidades Federais, mas da grande maioria das outras escolas, as privadas, o perfil ainda é elitista, basta ver o valor das mensalidades. (Jefferson - whatsapp 28/05/21)

Comentário de Evaldo em 31 maio 2021 às 12:57

Uma informação interessante que o Gastão colocou é a mudança de perfil dos que entram na Medicina, que ele observou na UNICAMP nestes últimos anos.

Além de mais mulheres, uma feminilização da profissão que já ocorre há vários anos, os futuros colegas são mais negros e de classes sociais com menos poder aquisitivo.

Na reunião de ontem, o perfil ainda era de mais homens e de médicas e médicos com mais idade.

Uma mudança de classe social que ocorre lentamente por dentro na profissão, como foi observado na reunião de ontem. Mudança de classe como pensa o professor Ricardo Antunes, e não classe como divisão corporativa das profissões.

Ao fazer minha pergunta, falei de Plataforma como categoria de poder, na visão de Pierre Bourdieu de Capital Social, e não de bem-comum, ou virtude cívica como pensam Putnam e Coleman.

A ideia de Região e Redes que o Gastão tanto defende no SUS BRASIL, precisa incorporar esta nova geração de médicas e medicos, como observou o Reginaldo. Elas e eles têm mais facilidades com a linguagem da Internet, por isso é preciso dar aos futuros colegas nas regiões o empoderamento desta nova linguagem, para que possam desenvolver as redes a partir do trabalho e das profissões do SUS, dentro da lógica pública de saúde integral e universal.

Os planos de saúde se apropiam das plataformas digitais, como o QSaude, e lançam planos baratos tendo o medico de família não como integradores e coordenadores do cuidado , mas como barreira ao alto custo e a média e alta complexidade, para aumentarem o lucro do sistema a eles.

Gastão ressaltou a necessidade de integração. Defendeu autarquia como ocorre nas universidades públicas, mas como autarquias integradas, não isoladas, como são hoje estas universidades. E o caminho, mais uma vez, para isso, seriam as plataformas digitais de domínio público, não a de grupos empresariais, como está se formando no Brasil na saúde e na educação com a abertura às empresas Internacionais da saúde, criando oligopólios na iniciativa privada.

A generosidade de seu pensamento ao nos agradecer pelo convite, mesmo a maioria não sendo acadêmica, coloca a esperança de que algo vai mudar, e como diz Paulo Freire, uma educação libertadora ocorrerá quando o sonho do oprimido for deixar de ser o opressor, e uma sociedade nova nascerá, mais justa, fraterna e solidária.(Evaldo -whatsapp 28/05/21)