A dinamização da base econômica gera recursos para a administração pública. Esta desempenha um papel importante em dois eixos principais: as políticas sociais e as infraestruturas. As políticas sociais, educação, saúde, segurança, habitação e semelhantes, não constituem gastos, e sim investimentos no bem-estar da população e na sua capacidade produtiva. Para a população, o SUS, a escola pública e políticas semelhantes são essenciais, e quando o acesso é assegurado de maneira pública, gratuita e universal, constituem um “salário indireto”, muito mais produtivo do que os sistemas privados, e liberam os recursos dos trabalhadores para compras. Por sua vez, o investimento público em infraestruturas, como transporte, energia, telecomunicações, saneamento e semelhantes tanto melhoram o bem-estar das famílias como a produtividade das empresas. O equilíbrio entre os bens de consumo individual essencialmente providos por empresas privadas, e os bens de consumo coletivo assegurados pelo setor público, é essencial. Aqui tampouco funcionam os discursos ideológicos contra o setor público. São contra-produtivos, e inúmeros exemplos mostram que para bens de consumo coletivo o acesso público é mais eficiente e produtivo. Paris re-municipalizou a administração da água, Hamburgo a administração da energia e assim por diante. (Ladislau Dowbor)

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