A profunda transformação científico-tecnológica da era atual precisa ser incorporada na estratégia de desenvolvimento da cidade. A rápida evolução para a economia do conhecimento, hoje principal fator de produção, aliada à conectividade generalizada, abre caminho para a rápida transformação de como trabalhamos. Como tantas cidades no mundo, precisamos desenvolver um plano municipal de banda larga. Não tem sentido o livre acesso ser assegurado apenas em aeroportos e alguns pontos mais, e a comunicações serem dominadas por um oligopólio que pelos preços praticados mais trava do que facilita. As ondas eletromagnéticas são da natureza, a cobrança de pedágios não faz sentido. Um adensamento radical das capacidades digitais deverá permitir a expansão da economia solidária, de fluxos monetários desintermediados, de pesquisas colaborativas interinstitucionais, de articulações internacionais. A inclusão digital, mas também o seu aproveitamento generalizado para o desenvolvimento de novas atividades econômicas, são essenciais. Assegurar o livre acesso ao sinal de qualidade no conjunto do território urbano é uma pré-condição para se assegurar a inclusão digital. Trata-se de iniciativa simples, barata, e de imenso impacto. E abre a possibilidade de fomentar atividades dos mais variados tipos, dinamizando a economia pela base. As centenas de faculdades e de centros de pesquisa da cidade podem colaborar para que o avanço científico-tecnológico deixe de existir apenas em ilhas de excelência. (Ladislau Dowbor)

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