Instituído pela Lei nº 5.352/1967, o Dia Mundial da Saúde é lembrado nesta quinta-feira (5/8), como uma forma de homenagear o médico sanitarista Oswaldo Cruz, nascido neste dia, em 1872, e pioneiro no
estudo de moléstias tropicais e da medicina experimental no Brasil. Em
1900, fundou o Instituto Soroterápico Nacional, hoje Fundação Oswaldo
Cruz (Fiocruz), em Manguinhos, no Rio de Janeiro, com o objetivo de
fabricar soros e vacinas contra a peste. Sua trajetória se confunde com a
história da saúde pública brasileira.

Oswaldo Cruz: o médico do Brasil

Oswaldo Cruz nasceu em São Luis do Paraitinga, interior de São Paulo. Filho do médico Bento Gonçalves Cruz e de Amália Taborda de
Bulhões Cruz, ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro aos
15 anos. Antes de concluir o curso, publicou dois artigos sobre
microbiologia na revista Brasil Médico. Formou-se em 24 de dezembro de 1892, defendendo a tese Veiculação Microbiana pelas Águas.
Em 1896, foi para Paris especializar-se em bacteriologia no Instituto
Pasteur, que, na época, reunia grandes nomes da ciência.

Oswaldo Cruz foi nomeado diretor geral de Saúde Pública em 1903, cargo que corresponde atualmente ao de ministro da Saúde. Utilizando o
Instituto Soroterápico Federal, atual Fiocruz, como base de apoio
técnico-científico, deflagrou memoráveis campanhas de saneamento. Em
poucos meses, a incidência de peste bubônica foi reduzida com o
extermínio dos ratos, cujas pulgas transmitiam a doença.

Em 1904, com o recrudescimento dos surtos de varíola, o sanitarista tentou promover a vacinação em massa da população. Os jornais lançaram
uma campanha contra a medida. O congresso protestou, e foi organizada a
Liga Contra a Vacinação Obrigatória. No dia 13 de novembro, estourou a
rebelião popular (a Revolta da Vacina) e, no dia 14, a Escola Militar da
Praia Vermelha se levantou. O governo derrotou a rebelião, mas
suspendeu a obrigatoriedade da vacina.

Em 1909, Oswaldo Cruz deixou a Diretoria Geral de Saúde Pública, passando a se dedicar apenas ao Instituto (Fiocruz), onde lançou
importantes expedições científicas que possibilitaram a ocupação do
interior do país. Erradicou a febre amarela no Pará e realizou a
campanha de saneamento da Amazônia. Como consequência, as obras da
Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, cuja construção havia sido interrompida
pelo grande número de mortes de operários pela malária, puderam ser
finalizadas.

Em 1913, foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras. Em 1915, por motivos de saúde, abandonou a direção do Instituto
Soroterápico e mudou-se para Petrópolis. Como prefeito da cidade, traçou
vasto plano de urbanização, que não pode ver executado.

Oswaldo Cruz morreu de insuficiência renal em 11 de fevereiro de 1917, em Petrópolis, com apenas 44 anos.

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