Reunião Conselho Gestor STS Butanta

  • Linhas de Cuidado - SUS

    PAUTA ÚNICA
    Foi contextualizado que na última reunião ordinária ficou acordado
    uma Reunião específica entre SPDM, STS e Executiva do Conselho
    Gestor da STSBT para debater quais os PRINCIPAIS PONTOS,
    como: Transparências nos processos de salários e contratação,
    ausência de profissionais de saúde e demissão de médicos 20h que são da ESF - estratégia saúde da família.

    O representante da SPDM explicou que a rotatividade entre os
    médicos é baixa, comparada com as outras organizações sociais; A
    rotatividade entre os profissionais médicos que fazem residência
    MSF - medicina saúde da família, fica mais tempo; Os profissionais
    generalistas: recém formado, trabalha durante um ano na UBS para
    ter experiência e tende a sair em fevereiro; a característica dos
    médicos 20h nas equipes de ESF, 85% com título de residência e
    tende a ficar na região. Os médicos contestam que a carga horária
    de 40 horas, prejudica a permanência dos profissionais no território.
    Diante disso, a SPDM pediu uma reunião com o MS - Ministério da
    Saúde e eles se disponibilizaram a fazer a reunião, mas a SMS -
    Secretaria Municipal de Saúde de SP ainda não deu uma devolutiva.
    A nova portaria do MS financiará apenas os médicos 40 horas na
    ESF e há uma preocupação diante da característica do território do
    Butantã. Se o município não bancar o salário, a organização social
    terá que demitir os médicos mesmo.
    Ficou como encaminhamento os seguintes questionamentos:
    1. Quais os dados métricos e qual o panorama de ausência de
    profissionais de saúde nos equipamentos do território do
    Butantã??
    2. Há uma análise de como as metas impactam na rotatividade dos
    profissionais??
    3. Qual o quantitativo de médicos com carga horária de 20h no
    programa ESF no município de São Paulo e na região do
    Butantã? O quantitativo de 250 e 66 respectivamente está
    correto? E com esses dados fazer um Ofício solicitando
    posicionamento da SMS sobre a reunião com o MS e a OS
    para resolução para os médicos às 20h na ESF.
    Outra descrição do representante da SPDM é a de que PEDIATRA
    e PSIQUIATRA são escassos no mercado de trabalho, uma
    possibilidade de justificativa da escassez desses profissionais é o
    fato de que o mercado de trabalho privado paga melhor. É colocada como uma estratégia: a entrada de ESF em todo o território. Segue
    então a seguinte indagação: A STS já estudou a possibilidade de
    cobrir todo o território do Butantã por ESF?
    Saído do campo médico, foi posto que outras categorias com
    ausência de profissionais no território do Butantã sendo a
    fonoaudiologia (FONO) e a terapia ocupacional (TO) as categorias
    com maior escassez. A equipe multiprofissional (EMULT) como um
    todo apresenta-se com alta rotatividade e muita dificuldade de
    contratação e nisso inclui-se o técnico de saúde bucal e o técnico de
    farmácia. Alguns pontos postos são:

    1. Falta de profissional no mercado de trabalho e busca por locais
    com maiores salários e benefícios.
    2. Sobrecarga de trabalho, com acúmulo de metas, sem
    possibilidade de um plano de carreira.
    3. Quais as métricas desses dados?

    Um consenso dos munícipes e conselheiros foi de que a ausência
    de profissionais de saúde é a disparidade salarial, principalmente,
    pensando na atuação em áreas vulneráveis e sobrecarga de
    trabalho. Disso, saíram alguns questionamentos:

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    1. Há um estudo da OSS e da STSBT sobre o nível da disparidade
    salarial, quais os dados?
    2. Existe um projeto de trabalho para os cuidados de saúde mental
    dos profissionais, pensando em um ambiente de trabalho mais
    saudável?
    3. Qual o atrativo para manter esses profissionais, como benefícios
    de trabalhar no território e quais são eles?

    4. Há um plano de carreira para todos os profissionais de saúde?
    Quais são eles?

    As equipes de ESF deveriam abranger cerca de 2 mil pessoas e tem
    lugares na região do Butantã que passam de 3 mil e 500 habitantes.
    Uma solução óbvia seria ampliar o número de equipes a ESF, novos
    equipamentos de saúde como UBS’s e o aumento de profissionais.

    No entanto, o que se vê são: os profissionais de saúde
    sobrecarregados; aumento das filas de espera; diminuição do cuidado
    longitudinal da equipe médica e de enfermagem e a Emult passa a
    trabalhar na diminuição de agravos, fugindo da prevenção e promoção
    de saúde.

    Outro questionamento é sobre a ausência de profissionais nos
    equipamentos de saúde. Qual o quantitativo disso e qual o plano de
    ação? Os equipamentos do território como a UPA Rio Pequeno
    estão saturados e quais os planos de ação? O PS BANDEIRANTES
    tem previsão de entrega para 1 ano e meio, estamos sem alternativa
    física para locação de pessoas. Com isso há uma sobrecarga nos
    outros equipamentos da região.
    Foi aprovado por unanimidade o envio de um ofício à SMS
    questionando esses pontos, mas esperaríamos a devolutiva da STS
    na reunião ordinária para tal envio.

    ATA ELABORADA E DIGITADA POR: KATERINE VITORIANO DE
    ALMEIDA SANTINI.