25 anos de Fluoretação das Águas de Abastecimento em São Paulo

[Regina Helena Pinheiro Sanches]

A Secretaria Estadual da Saúde realizou, na última terça-feira (07/12/2010), um evento em comemoração aos 25 anos de Fluoretação das Águas em São Paulo. O encontro contou com a presença de importantes personalidades da área de saúde bucal.

Na abertura do evento, foram realizadas homenagens a André Franco Montoro, governador de São Paulo entre os anos de 1982 e 1986 e um dos artífices do cumprimento da lei de Fluoretação das Águas de Consumo Público no estado, e à deputada federal Luiza Erundina que, quando prefeita da capital paulista, implantou a fluoretação no município.

Durante a conferência de abertura, o Prof. Dr. Paulo Capel Narvai, da Faculdade de Saúde Pública da USP, falou sobre o tema "A fluoretação da água no estado de São Paulo: origens, conflitos e consolidação".

Foram elaboradas ainda duas mesas de debates, uma na parte da manhã e outra no período da tarde, com os seguintes temas: "Estado atual da fluoretação no estado de São Paulo" e "Vigilância do flúor nas águas de abastecimento público".

Os cirurgiões-dentistas que estavam presentes ao evento puderam sanar dúvidas e questionar sobre o tema.

O evento foi encerrado pelo Prof. Dr. Jaime A. Cury, da Faculdade de Odontologia de Piracicaba / Unicamp, que falou sobre o "Uso do flúor em Saúde Pública".

[Evaldo]

Eu me lembro desta discussão nos jornais, quando estava na faculdade.

Como conversamos, o cuidado com os dentes desde a infância e a fluoretação foi uma revolução na saúde bucal do Brasil.

Pena que eu já era adulto, quando esta revolução aconteceu, e com quase 50 anos os meus dentes estão prá lá de Bagdá!!!!!

[Regina Helena Pinheiro Sanches]

É Evaldo, realmente a fluoretação das águas de abastecimento foi um marco que trouxe um enorme benefício à Saude Bucal daqueles que dela se beneficiaram. Foi uma luta de muitos anos e que até hoje tem adversários, veja só. Eu que comecei na Prefeitura em 1983 pude perceber na clínica a mudança. Nos primeiros anos trabalhei na Brasilândia, na UBS Jd. Ladeira Rosa, na periferia da Zona Norte e naquele tempo extraí muitos molares permanentes, recém erupcionados e já cariados, de crianças de 7, 8 anos. Com a fluoretação, que veio em 1985 na cidade de São Paulo, pudemos perceber a mudança na saúde bucal das crianças desde então. Depois de uns 8 ou 10 anos as bocas eram outras. Não fazíamos mais extrações, a maioria recebia profilaxia e aplicação de flúor pois não tinha mais cárie. Hoje temos uma geração inteira beneficiada por esse método de prevenção barato e simples. Agora, nós, os cinquentões....ainda penamos com as consequências da falta de medidas tão efetivas.