O medo na pós-modernidade e o conceito de saúde (3)

Enfim, essa onda de angústia e insegurança de múltiplas escolhas não pode contaminar tão profundamente o nosso real. Lembre que a modernidade não chegou para todos. Há nações que vivem na pré-história ou na idade média. Para esses não há escolhas a serem feitas. É só viver e morrer. Há brasileiros excluídos de qualquer escolha, ou corta cana ou corta cana! Não há eleições com chapa única? Podemos legislar sobre nosso salário? É melhor ter angústia e insegurança por ter escolhas do que não ter escolhas a fazer.....
E pensando em saúde.....O conceito de saúde também não mudou?! Saudável não é aquele que não precisa de fármacos. É quem desfruta de bem-estar (bio- psíquico e social). Este conceito amplo deve ser libertador. Não devemos nos reduzir e nos definir como aquele que tem a doença tal ou pertença a classe social tal. Somos uma interação única e original de múltiplas qualidades e situações. As ações de saúde já não se limitam à distribuição de fármacos e consultas. Saúde como bem-estar é trabalho para todos os setores da sociedade (religioso, econômico, político, artístico, e tudo o que se chamava de exatas, biológicas e humanas). Não temos que ter angústia pelo medo de não se dar conta de tantos aspectos. Estes tantos aspectos significam que nossa felicidade, saúde, importância e potencialidades não se reduzem a fatos pontuais.
Não temos que dar conta de tudo!
Estamos livres para somarmos nossas carências e, em vez de sofrermos demais, entendermos que elas não são tudo o que temos. Somos uma rede de aspectos.
E a rede que explica a vida, como aquela de algodão, sempre pode ser uma estrutura de conforto, amparo e prazer!

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